Madeira apreendida em operações policiais auxiliou famílias atingidas pela cheia no Amazonas

De acordo com delegado, madeira foi doada a órgãos públicos –  Foto: Divulgação

 

Por Portal do Parente

Durante operações policiais no estado de janeiro a junho deste ano, foram apreendidos mais de 250 metros cúbicos de madeira em situação ilegal. Os dados englobam apreensões do Batalhão de Policiamento Ambiental, da Polícia Militar, e da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA), da Polícia Civil. O material foi doado e auxiliou na construção de pontes e marombas para ajudar famílias atingidas pela cheia dos rios no estado.

De acordo com o titular da Dema, Herbert Lopes, a madeira foi doada para órgãos públicos para a construção de passarelas para auxiliar na locomoção da população afetada pela cheia dos rios, principalmente, na área da Feira Manaus Moderna e na cidade de Iranduba (a 28 quilômetros da capital).

Delegado titular da Dema, Herbert Lopes

“Iranduba estava quase debaixo d’água e essa madeira foi de suma importância para amenizar os impactos da cheia. Em Manaus, a Semac (Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal) recebeu madeira para utilizar para fazer o tablado para que os feirantes pudessem trabalhar”, disse.

A Defesa Civil do Estado e a cidade de Careiro da Várzea também receberam parte da madeira apreendida para construção de passarelas. Várias cidades do estado ainda sofrem com a cheia dos rios, que começa a apresentar leve vazante. Porém, o nível ainda é considerado alto.

Na capital, o rio Negro estava na marca de 29,85 metros na terça-feira (06/07), após chegar a 30 metros de profundidade no mês de junho, a maior cheia da história. Parte do Centro de Manaus ainda está alagada.

A legislação – O artigo 46 da Lei 9.605/98 diz que “receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente (…)  tem pena de  detenção, de seis meses a um ano, e multa”.

Ainda de acordo com Lopes, a polícia monitora as principais entradas da cidade para inibir a ação dos criminosos. “Nós temos três portas de entrada. A ponte (sobre o rio Negro) que vem de Manacapuru (AM -070), a BR-174 (rodovia que liga Manaus à Boa Vista em Roraima) e a estrada de Itacoatiara (AM-010)”, explica.

As polícias também recebem denúncias relacionadas a crimes ambientais pelo 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

 

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