Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a varíola dos macacos ainda não está em nível para decretar emergência sanitária no país, ao menos por enquanto. Ele também pediu à população para que não matem os macacos, pois essa não será a solução para evitar a doença.
Ao não decretar emergência nacional, o ministro contraria pedido do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que havia proposto essa iniciativa na semana passada, pela preocupação com o avanço rápido da doença.
˜A nossa vigilância foi reforçada durante a emergencia de saúde pública decorrente da Covid-19. Nesse momento não há requisitos, até porque a maioria dos casos estão em São Paulo, e há possibilidade, inclusive, de se fazer emergência de saúde pública de importância regional, mas o secretário de saúde nem falou isso˜, disse o ministro.
O Brasil já possui quase 2.800 casos confirmados da doença, cerca de 1.900 em São Paulo.
Durante a coletiva, o ministro pediu para que macacos não sejam mortos pelas pessoas, pois a doença é uma zoonose, um tipo de infecção transmitida entre animais e pessoas, com possível origem do cão-da-pradaria, um tipo de roedor.
˜A varíola dos macacos é uma zoonose e o roedor cão-da-pradaria é provável ser a origem, não é o macaco, que é tão vítima da doença quanto nós. Portanto, não saíam por aí matando macacos, achando que assim vão resolver o problema˜, informou Queiroga.