O desfecho da distribuição de energia elétrica no Amazonas poderá ter desenvolvimentos significativos a partir da próxima semana. O Ministério de Minas e Energia anunciou a prorrogação do prazo para a entrega do relatório do grupo de trabalho, estabelecido após o governo federal decretar o término do contrato de concessão da Amazonas Energia em novembro de 2023.
Simultaneamente, o ministério procura um modelo que evite a retomada da concessão por caducidade, conforme sugerido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no final de 2023.
Entretanto, investidores aparentemente não veem atrativos para assumir o controle dessa concessão no Amazonas, atualmente nas mãos do empresário Orsine Oliveira. Como declarado em veículos de mídia nacional, o governo precisaria realizar ajustes nessa concessão. Recentemente, o banco BTG Pactual demonstrou interesse nas ações da Amazonas Energia.
A expressiva dívida da concessionária também representa um problema que preocupa os investidores. Atualmente, a Amazonas Energia deve quase R$ 10 bilhões, sendo R$ 7 bilhões destinados à Eletrobrás, seu principal credor.
O futuro controlador da Amazonas Energia terá que resolver esse desafio, considerando que a caducidade da concessão pode deixar esse prejuízo nas mãos da Eletrobrás, conforme apontam especialistas. O cenário se torna ainda mais complexo diante da necessidade de encontrar uma solução que contemple os interesses de todas as partes envolvidas. O relatório do grupo de trabalho pode oferecer insights cruciais para o desenrolar dessa questão crucial para o setor energético na região amazônica.