O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, Joel Araújo, utilizou as redes sociais para denunciar a crítica situação da lixeira pública de Parintins, município localizado no interior do estado. Segundo Araújo, o aterro atingiu sua capacidade operacional máxima, representando um iminente risco de transbordamento na cidade.
O lixão, situado no bairro Dejard Vieira e próximo ao Centro de Ensino Superior de Parintins da Universidade do Estado do Amazonas (CESP-UEA), já acumula três décadas de resíduos sem uma solução efetiva para a gestão do problema. Joel Araújo alertou para a urgência de medidas que evitem possíveis impactos negativos na saúde da população e na qualidade do abastecimento de água local.
“Trinta anos de lixeira e o local não tem mais capacidade de receber lixo, e nenhuma solução foi dada até hoje. Uma bomba-relógio em vias de explodir”, afirmou o superintendente em sua conta no Instagram.
O Ibama sugere a criação de mecanismos eficazes para resolver o impasse e prevenir o agravamento da situação. A preocupação é que a sobrecarga no lixão possa resultar na propagação de doenças e na contaminação dos recursos hídricos.
Essa não é a primeira vez que a questão do lixão de Parintins chega às autoridades ambientais. Em 2019, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) moveu uma ação de execução para pressionar o município a resolver a problemática dos lixões a céu aberto, como parte do cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (Taca) firmado em 2013 entre a cidade e o Governo do Estado.
O Taca previa medidas como a separação de áreas para diferentes tipos de resíduos, elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada e de Operação e Monitoramento, que deveria ser submetido ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A falta de efetivação dessas ações contribui para agravar a crise no tratamento dos resíduos sólidos em Parintins.