“Empreendedorismo é processo tanto de aprendizado quanto de interação social”

Foto – Divulgação

 

 

Por Portal do Parente

O Instituto Êxito de Empreendedorismo e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicaram, em parceria, uma pesquisa mostrando a importância do empreendedorismo na formação de estudantes e professores da rede pública de ensino médio. O relatório foi feito com as respostas de mais de 6 mil estudantes da rede pública para entender a visão do empreendedorismo do ponto de vista dos alunos.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Marcelo Pedroso, coordenador do Mestrado Profissional em Empreendedorismo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, falou sobre o interesse no empreendedorismo por parte dos alunos. De acordo com o professor, essa ideia de inserir o empreendedorismo na formação dos jovens é uma ideia debatida há alguns anos. “O empreendedorismo, principalmente o chamado empreendedorismo inovador, não é uma questão de sorte”, afirma Pedroso. “Na realidade, quanto mais cedo essa competência for desenvolvida, mais sólida ela se tornará no futuro, portanto, maior a propensão ao êxito”, completa.

Dentro das universidades, o empreendedorismo também passou a ser um quesito importante na formação dos alunos. Segundo Pedroso, o empreendedorismo era desenvolvido na pós-graduação, porém, caminhou para a graduação, onde houve o desenvolvimento de várias disciplinas focadas no assunto. “Essa é uma tendência que você vê claramente, por exemplo, no caso da FEA, basicamente você vê os jovens caminhando para esse tipo de carreira” afirma.

O professor coloca o empreendedorismo como um processo social, tanto de aprendizado quanto de interação social, sendo que, para adquirir essas competências, esses processos são necessários. Após essa etapa, o aluno passa a desenvolver as competências gerenciais, que é exatamente elencar conceitos, técnicas e processos que levam um indivíduo a empreender e avançar no seu negócio.

Essas competências não servem apenas para a criação de um negócio próprio como para o desenvolvimento dentro de uma empresa consolidada, como explica Pedroso, que ressalta que o processo de inovação é um processo que tem os seus riscos e coloca que “é importante que consigamos desenvolver resiliência, capacidade de lidarmos com essas pequenas quedas. Isso faz parte do processo”. Ele complementa reforçando que as técnicas empreendedoras permitem, a despeito das inúmeras variáveis e dos riscos inerentes ao fazer algo novo, aumentar a chance de êxito.

 

 

 

Fonte – USP

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *