Candidatos terão que ter ‘passaporte’ para entrar em zonas vermelhas de Manaus

Foto: Acritica

Os políticos estão na fase de aquecimento. Quando entrarem em campo a partir de julho, após a realização das convenções partidárias, terão pela frente um problema, uma restrição que não consta  nas normas da Justiça Eleitoral.

Para entrar em bairros populosos como Compensa, Coroado, Alvorada, Santa Etelvina  ou mesmo Cidade das Luzes, terão que obter um passaporte, carimbado por uma das organizações criminosas.

Á medida em que eles procuram a garantia de que podem entrar e sair de becos e ruelas para conversar com os eleitores, assumem um compromisso  com o crime, admitem que há zonas de exclusão sobre as quais deverão demonstrar respeito e gratidão. Ou, no mínimo, silêncio, que é o que fazem.

Essa restrição não é novidade. Ao longo das últimas campanhas os políticos entram em zonas vermelhas amparados por uma concessão excepcional, que deve ter um custo, além do silêncio – o que explica, em grande parte,  o sequestro de uma cidade pelo crime, o crescimento do tráfico, a submissão do Estado a um poder que cresce nas sombras, torna o cidadão refém e os políticos cúmplices.

Muitos políticos reconhecem que o melhor cabo eleitoral nessa áreas é o chefe do tráfico. E de fato ele exercer poder sobre os eleitores por meio da opressão, do medo, do extermínio e da ameaça.

Uma eleição nessa situação representa muito pouco da democracia que sonhamos. Seus resultados, também.

A política é a mãe de todas as soluções que levam ao bem estar de um povo, mas também provoca crises, degenera a crença na democracia, especialmente quando os políticos fazem qualquer negócio para se eleger. Vamos de mal a pior…

Via Portal do Holanda

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