Justiça penhora materiais de igreja do apóstolo Waldemiro Santiago

 

A Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, está enfrentando uma situação complicada em decorrência de dívidas de aluguel. A juíza Fernanda Soares Fialdini, da 2ª Vara Cível do Foro Regional do Butantã, em São Paulo, decidiu que bens da igreja, incluindo equipamentos de áudio e vídeo, serão penhorados para saldar débitos acumulados com um imóvel residencial.

A decisão, proferida na última terça-feira (8/10), resulta de um processo movido por Sergio Francisco Barbosa, que firmou um contrato de locação de um apartamento na Vila Suzana, zona sul da capital paulista, com a igreja. O valor mensal do aluguel, inicialmente fixado em R$ 2 mil, teve reajustes anuais baseados na inflação, mas parcelas de aluguel, que deveriam ser pagas entre outubro de 2017 e agosto de 2020, estão em atraso. Além disso, a dívida inclui valores de condomínio e IPTU.

De acordo com os documentos do processo, uma penhora anterior já havia abatido R$ 38.297,38 da dívida total. No entanto, ainda restam R$ 103.570,06 a serem quitados. As partes chegaram a um acordo para extinguir a dívida, mas a igreja não cumpriu sua parte, levando à decisão da Justiça de penhorar os bens.

Os bens penhorados incluem uma vasta gama de equipamentos, como teclados, bateria, baixo, violão, guitarras, mesas de som, caixas de som, microfones, câmeras, telões de LED e TVs. Essa ação gera questionamentos sobre a situação financeira da igreja, que é conhecida por seus cultos e eventos religiosos.

Além da penhora dos bens, o processo também menciona que, caso os itens penhorados não cubram o valor da dívida, um imóvel da instituição poderá ser penhorado. Este imóvel é um galpão comercial localizado na Rua Benedito Fernandes, nº 169, no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. O espaço abriga o templo da igreja, um prédio administrativo de cinco andares e um estacionamento subterrâneo, totalizando uma área construída de 46.845,32 m².

A penhora do imóvel foi determinada em 29 de junho de 2024, após a igreja impugnar a penhora inicial. A defesa da igreja argumentou que o valor do imóvel é substancialmente superior ao da dívida, utilizando um laudo técnico de outro processo que avaliava a propriedade em R$ 260 mil. No entanto, a Justiça manteve a decisão de penhorar o bem.

 

Foto: Divulgação

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