Por Paulo Eduardo Dias, da Folhapress
SÃO PAULO – A morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38, em Umbaúba, em Sergipe, na tarde desta quarta-feira (25), provocou a manifestação de políticos contra a ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Conforme o laudo do IML (Instituto Médico-Legal), Santos morreu devido à insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe.
No entanto, os agentes da PRF apontaram em boletim de ocorrência que a vítima faleceu “possivelmente devido a um mal súbito”.
Vídeo feito por moradores mostra o homem ainda vivo sendo trancado no porta-malas de uma viatura onde os policiais detonaram bombas de gás.
O deputado federal Padre João (PT), que é membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, classificou o caso como barbárie. Em uma postagem no Twitter, ele escreveu que Genivaldo foi morto “em uma câmara de gás da viatura”.
Seu colega de partido, o também deputado federal Paulo Pimenta, classificou a morte de Santos como absurdo, no que afirmou que os policiais transformaram a viatura em câmara de gás, também fazendo referência ao nazismo.
Ainda no âmbito federal, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL) escreveu em seu Facebook que a “tortura e morte de Genivaldo Santos é um crime bárbaro e inaceitável”. Ela afirmou que vai acionar o Ministério Público Federal para uma investigação mais rigorosa.
Um dos políticos mais atuantes no tema direitos humanos, o vereador por São Paulo Eduardo Suplicy (PT) disse estar resoltado com a “brutalidade da ação de policiais”. O ex-senador ainda pediu por justiça.
Em publicação realizada na manhã desta quinta-feira (26), ela parabenizou o presidente Jair Bolsonaro (PL) “pelo empenho em valorizar a segurança pública do nosso país e fortalecer o quadro de efetivos da Polícia Federal e da PRF”.