A Polícia Federal retoma nesta segunda-feira (11) o interrogatório do ex-assistente de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.
A e está incluída no acordo de delação premiada firmado entre ele e a PF. O recente testemunho do militar ganhou relevância após dois ex-líderes das Forças Armadas confirmarem encontros para discutir os detalhes de um plano de golpe de Estado.
Em 16 de fevereiro, o ex-comandante da Aeronáutica tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior afirmou à Polícia Federal ter testemunhado esses encontros.
Em 1º de março, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes confirmou a informação, conforme noticiou a CNN. A expectativa é que o tenente-coronel seja interrogado sobre as mensagens trocadas com militares e as reuniões referentes às “minutas golpistas”.
Qual é a finalidade da PF nesse novo interrogatório?
A finalidade da PF agora é esclarecer lacunas relacionadas às mensagens encontradas nos dispositivos móveis e documentos de Cid, assim como pontos ainda não esclarecidos após os diversos depoimentos de testemunhas sobre o golpe de Estado e a “Abin paralela”.
O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do ex-assistente de ordens, afirmou que o tenente-coronel está à disposição e “sereno”. Além disso, declarou que o militar não ocultou nenhuma informação e não demonstra receio.
Detalhou minuta e preservou Bolsonaro
Em depoimentos anteriores à PF, Cid suprimiu a informação de que Jair Bolsonaro teria planejado executar um golpe de Estado para permanecer no poder.
O militar reconheceu a realização de reuniões para discutir “minutas golpistas”, mas não mencionou se o ex-presidente cogitava implementar um plano. Bolsonaro está sob investigação em um inquérito que apura se ele pretendia decretar estado de sítio ou de defesa para evitar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse o Palácio do Planalto.