A Operação Pundonor, na manhã desta segunda-feira (30) em Manaus, prendeu 5 policiais militares e uma pessoa civil acusados de extorsão. “É algo muito sério, envolvendo grave ameaça e violência, contra empresários inclusive”, disse o promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, membro do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) em entrevista coletiva do MPAM (Ministério Público do Amazonas).
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão. “São fatos em investigação que no momento não oferece denúncia contra ninguém”, disse Armando. O promotor justificou o sigilo das informações pela necessidade de não atrapalhar as investigações.
Não foram informados os nomes agentes públicos investigados, cargos que ocupam, modo de atuação, material apreendido, valores extorquidos e quantidade de vítimas.
“Não vamos aqui tecer detalhes de quem foi preso, quem não foi preso, porque que foi preso, que provas tem. Como se chegou a ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Essas questões serão mantidas em sigilo”, disse Armando.
“Foram extorsões cometidas no ambiente militar, utilizando-se da função militar para a prática desses crimes. A extorsão segue a ideia de ameaça de causar um mal físico, ameaça de morte, ameaça de ‘plantar’ objetos ilicítos como armas e drogas, para incriminar a pessoa”, afirmou o promotor. Ele disse que em alguns casos, eram usados veículos não militares, para descaracterizar a ação.
A operação é o início das investigações, que serão aprofundadas, disse o procurador-geral do Estado Alberto Nascimento. “O Ministério Público não vai tolerar o comportamento de quem tem o dever de combater o crime, e não de cometê-lo”.
O termo Pundonor significa o esforço do militar para pautar sua conduta como a de um profissional correto, em serviço ou fora dele.
(Colaboraram Iolanda Ventura e Murilo Rodrigues)