Segundo determinação do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), a empresa de consultoria norte-americana Alvarez & Marsal precisa informar quanto pagou ao ex-juiz Sergio Moro quando da sua desvinculação da companhia em outubro passado.
A Alvarez & Marsal oferece consultoria na reestruturação de companhias e na administração de empresas em recuperação judicial. Uma das suas clientes foi a Odebrecth, empreiteira no centro das investigações da Operação Lava Jato, cujos processos foram conduzidos por Moro quando ele era juiz no Paraná.
A alegação da determinação do TCU é a possibilidade de conflito de interesse, visto que após julgar os processos envolvendo a Odebrecht e de condenar seus executivos, Moro teria ido trabalhar na empresa que cuidaria da sua recuperação judicial.
Moro criticou a determinação judicial. “Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões. […] Repudio as insinuações levianas do procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja usado dessa forma. Lutei contra a corrupção neste país como ninguém jamais havia feito. Deixei o serviço público e trabalhei honestamente no setor privado para sustentar minha família”, disse o ex-juiz, atualmente pré-candidato a presidência pelo Podemos.