BNDES e bancos oferecem R$ 2 bilhões para a Azul

A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) comunicou ao mercado por meio de fato relevante que recebeu uma proposta de financiamento de R$ 2 bilhões do BNDES e de bancos comerciais. A companhia deve deliberar em duas semanas sobre o assunto.

Se for efetivamente fechado, o empréstimo será feito por meio de uma mistura de títulos de dívida (debêntures) e bônus de subscrição de ações.

O BNDES se comprometeu a entrar com 60% dos recursos, os bancos comerciais envolvidos com 10% e os 30% restantes devem ser necessariamente captados com investidores financeiros no mercado.

Mesmo com a transformação de parte do financiamento em ações, a operação não deve implicar numa participação muito relevante para o BNDES na empresa. As estimativas apontam para uma fatia de 9% para o banco estatal.

Já os atuais acionistas seriam diluídos em cerca de 5%, sem alteração no controle. A diluição dos acionistas controladores não é tão significativa porque as ações se recuperaram após a crise da Covid-19. Na sexta-feira, fecharam a R$ 26,58, alta de mais 70% em relação ao piso em março.

Caso seja aceito pelo conselho de administração da Azul, esse será o primeiro empréstimo do BNDES para ajudar as companhias aéreas, que sofreram com queda de mais de 90% nas viagens no auge da pandemia. As empresas vinham criticando o banco nos bastidores pela demora na liberação dos recursos.

Segundo apurou a CNN Brasil, o BNDES segue em negociações com Gol e Latam. As conversas com a companhia chilena estão mais complicadas por causa do impasse na recuperação judicial nos Estados Unidos.

Em entrevista ao CNN Líderes, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, respondeu as críticas dizendo que o banco estava pronto e que a decisão de tomar os recursos caberia às empresas.

Fonte: CNN

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