Ucraniano pode ser preso por importunar sexualmente tripulante de navio ancorado em Manaus

O cidadão ucraniano Gebenyan Vae, primeiro oficial de náutica do navio de cruzeiro Express France, de bandeira maltesa, pode enfrentar detenção por assediar uma oficial de náutica, integrante da equipe do cruzeiro CMA CGM Veracruz, atracado no Porto da Colônia Oliveira Machado, na zona Leste de Manaus.

O incidente ocorreu na sexta-feira (9), quando o oficial importunou sexualmente a piloto de outra embarcação de cruzeiro, que estava ancorada no Porto do Chibatao, Zona Sul de Manaus.

Conforme o levantamento efetuado pela polícia, o ucraniano teria agarrado a tripulante enquanto ambos estavam sendo transportados em uma van, de propriedade da concessionária do porto, até suas respectivas embarcações.

A vítima retornava para sua embarcação após ter jantado em um restaurante de Manaus, enquanto o ucraniano, acompanhado de outros cinco tripulantes, retornava de um bar.

Durante o trajeto entre a entrada do porto e as embarcações, o grupo estrangeiro começou a importunar a mulher, até que o autor a agarrasse pelos ombros, tentando impedir que a vítima descesse no seu destino, além de ter proferido palavras de assédio contra ela, tentando levá-la ao seu navio.

O fato foi registrado no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), e durante as diligências realizadas na manhã desta segunda-feira (11), foi verificado que o navio partiu de Manaus com destino a Cartagena, na Colômbia, retornando ao Amazonas no início de abril.

A vítima foi ouvida pelo delegado Cícero Túlio, que avalia a possibilidade de representar pela prisão dos estrangeiros ou interceptar o navio com apoio da Marinha do Brasil.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) informou ter conhecimento de grave denúncia de assédio e importunação sexual contra a marítima brasileira, solicitando providências da empresa.

Confira a nota:

Considerando a gravidade da ocorrência, que pode configurar um crime contra a trabalhadora que se encontrava sozinha e em situação de inferioridade, confrontada por diversos assediadores, e tendo observado que ambos os navios são operados pela empresa CMA CGM, registramos estranhamento de que até o momento não tenha sido comunicado o fato à Polícia Federal pela empresa para necessária verificação.

Esperamos que questões econômicas não se sobreponham aos compromissos que a empresa declara em suas políticas com relação aos temas de assédio e crimes sexuais. Pedimos que nos mantenham informados sobre essa situação.

Em razão da gravidade dos fatos relatados, justamente na manhã seguinte às comemorações do Dia Internacional da Mulher, em que diversas entidades, empresas e pessoas renovaram compromissos em defesa dos direitos das mulheres, estamos transmitindo essas informações às autoridades brasileiras e solicitando providências céleres para esta situação.

O Sindmar tem compromisso em promover um ambiente seguro e acolhedor para as mulheres na marinha mercante todos os dias do ano.

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