Vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida exonera Bonates, secretário de Segurança, ao assumir governo interinamente. Governo afirma que o documento não tem validade

Seu vice protocolou ato para demitir o secretário de Segurança Pública. (Foto: Reprodução)

 

Por Portal do Parente

Ao assumir governo do Amazonas interinamente, o vice-governador Carlos Almeida (PSDB), e um funcionário comissionado da Casa Civil criaram, “de forma ilegal”, um documento para exonerar o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates. O ato foi protocolado na Casa Civil, mas não chegou a ser publicado.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), estava em Brasília na noite de quarta-feira (21/7), Wilson Lima participou na quinta-feira (22/7), de cerimônia de lançamento do Plano Estratégico Operacional de Atuação Integrada no Combate a Incêndios Florestais do governo federal ainda em Brasília.

O vice-governador do estado, Carlos Almeida protocolou na Casa Civil o pedido de exoneração do secretário de Segurança Pública. O ato não chegou a ser publicado no Diário Oficial do Estado a pedido de Lima. Em nota, o vice-governador disse se tratar de uma medida de “extrema necessidade diante do escândalo que a permanência do secretário representava à frente da pasta”.

No lugar de Bonates, seria nomeado Mário Jumbo Miranda Aufiero para a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

O vice entende que, pelo fato de Wilson Lima não estar em Manaus, ele tem legitimidade para tomar decisões como governador interino, “inclusive exonerar servidores”.

Segue o ato de exoneração, obtido pelo Portal do Parente:

https://www.scribd.com/document/516883158/Suplemento-Poder-Executivo-Secao-i#from_embed

“Além do colapso na Saúde, que infelizmente resultou na morte de muitos amazonenses, o estado vem sendo vítima de uma infinidade de desvios éticos que, segundo investigações, atingem também a Segurança Pública. Portanto, não tendo o governador exercido tal obrigação, coube a mim pedir a exoneração do secretário em nome da moralidade”, disse Almeida em nota.

Operação da Polícia Federal denominada Garimpo Urbano, deflagrada no último dia 9, prendeu o secretário executivo-adjunto de Inteligência do governo do Amazonas, delegado da Polícia Civil Samir Freire, acusado de roubar ouro extraído de garimpos clandestinos.

A operação também procurou coibir a ação de agentes públicos ligados a órgão de cúpula da Segurança Pública do Amazonas

Após saber do ato, o governador Wilson Lima acusou o vice de criar, ilegalmente, o ato de exoneração, “sem conhecimento do chefe da Casa Civil e do governador”. “O documento não chegou a ser publicado, por isso não tem validade e efeito. Mas o ato gravíssimo tem o objetivo de causar instabilidade e danos ao governo”, declarou o governador em comunicado à imprensa.

“Diante disso, o servidor será exonerado, teve as senhas de acesso a sistema de governo canceladas e foi proibido de entrar na Casa Civil. O caso foi encaminhado à policia, que tomará todas as providências para responsabilizar os envolvidos nesse ato criminoso”, completou Wilson Lima.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Fraude em documento

 

 

Por sua vez, o vice-governador, Carlos Almeida disse que “acusações de fraude demonstram total desconhecimento da legislação por parte da equipe de Lima”.

“Ressalto que todas as medidas criminais e administrativas serão tomadas em relação aos servidores que se opuserem ao cumprimento da ordem de exoneração. Posteriormente, caso Wilson Lima discorde de minha decisão, mesmo diante de todas as denúncias envolvendo o nome do secretário, o governador poderá reconduzi-lo ao cargo assim que retornar de viagem”, disse o o vice-governador do estado, Carlos Almeida. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *