Moraes e plataformas digitais apontam ação conjunta contra fake news

A reunião com o grupo Meta, Twitter, Tik Tok, Kwai, Linkedin, Google e Youtube durou cerca de 1h20. Representante do Telegram não compareceu
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, se reuniu, nesta quarta-feira (19/10), com integrantes do grupo Meta, Twitter, Tik Tok, Kwai, Linkedin, Google e YouTube. Durante 1h20, eles discutiram medidas que possam aprimorar o combate às fake news despejadas por meio das plataformas digitais, a 11 dias do 2º turno.

Moraes abriu a reunião agradecendo o apoio das plataformas no combate à desinformação pelas redes. O assessor chefe de desinformação do TSE expôs os problemas enfrentados e a necessidade de atuação, manutenção da ação conjunta com as plataformas.

As discussões se mantiveram em torno da melhor maneira para evitar a disseminação e o alcance de mentiras jogadas na rede. Remoção de conteúdo, divulgação de notícias certas para rebater erradas, conscientização, monitoramento, identificação e desmobilização de perfis que contribuem para o disparo em massa de informações falsas ou discurso de ódio são algumas das estratégias adotadas em primeiro turno e que manterão ênfase na véspera e após o segundo turno das eleições gerais de 2022.

Além de Moraes, outros integrantes do TSE participaram da reunião: os ministros Sérgio Banhos, Carlos Horbach, Isabel Gallotti e Maria Claudia Bucchianeri, o secretário-geral do TSE, José Levi Mello e o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco.

Em 30 de outubro, os eleitores vão às urnas escolher o representante para o cargo de presidente da República, além de 12 governadores que não foram eleitos em primeiro turno.

Esse é o primeiro encontro de Moraes com as plataformas, desde que tomou posse em agosto. A reunião ocorreu no gabinete da Presidência, na sede do TSE, em Brasília. O representante do Telegram que iria à reunião não compareceu. A justificativa foi que o voo atrasou.

Discurso de ódio

A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira (10/10) ter removido de suas redes mais de 600 mil conteúdos que violam as políticas das plataformas entre os dias 16 de agosto e 2 de outubro.

Segundo o relatório, foram excluídos mais de 310 mil posts com violência e incitação e outros 290 mil por discurso de ódio. Entre elas, publicações com ataques à população nordestina antes do fim da apuração dos votos no primeiro turno.

A plataforma também removeu posts que continham datas e horários incorretos sobre as eleições e números errados de candidatos.

“Em outra frente de combate à desinformação, ampliamos este ano de quatro para seis o número de parceiros independentes de nosso programa de verificação de fatos no Brasil”, acrescenta a nota da Meta.

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