A recente escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China, com a imposição de tarifas de 104% sobre produtos chineses pelos EUA, resultou em significativa aversão ao risco nos mercados globais. Essa tensão elevou o dólar futuro para 6.037 pontos, um aumento de 1,68%, superando a barreira dos R$ 6,00. A valorização do dólar reflete a preocupação dos investidores com possíveis impactos inflacionários e recessivos decorrentes das disputas tarifárias.
Para os traders, o ambiente segue desafiador e altamente sensível a qualquer sinal vindo do exterior. A expectativa é de continuidade na volatilidade. Diante disso, o pregão desta quarta-feira (9) promete ser mais um dia de atenção redobrada, com estratégias focadas em proteção e operações de curto prazo, especialmente se novas declarações ou medidas comerciais forem divulgadas. O cenário reforça a importância do acompanhamento em tempo real e de setups bem definidos para navegar em meio à instabilidade.
No curto prazo, os principais suportes estão em 6.028/6.016,5 (1), 6.000/5.984 (2) e 5.972/5.958,5 (3). Já as resistências imediatas aparecem em 6.037,5/6.053 (1), 6.063,5/6.071 (2) e 6.086/6.100 (3).
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o minidólar consolidou sua terceira sessão consecutiva de alta, encerrando o dia negociado acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o controle dos compradores no curto prazo. O movimento foi volátil, mas amplamente favorável ao lado altista.
O ponto decisivo para a continuidade da alta será a superação da máxima anterior nos 6.042 pontos. Caso o ativo consiga romper essa marca, o próximo objetivo técnico será a faixa de resistência em 6.037,5/6.053 pontos. A quebra desse patamar pode impulsionar o preço rumo aos 6.063,5/6.071 pontos, com alvo mais longo entre 6.086 e 6.100 pontos.
Para o lado vendedor, o suporte inicial em 6.028/6.016,5 pontos será crucial. A perda dessa região com volume pode desencadear um movimento corretivo em direção aos suportes em 6.000/5.984 e, em caso de pressão mais intensa, até a faixa dos 5.972/5.958,5 pontos.
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No gráfico diário, o minidólar formou um candle robusto de alta, com forte volume comprador, mantendo-se acima da média de 200 períodos, o que confirma o bom momento técnico.
O desafio imediato está na superação da máxima anterior (6.042 pontos). Caso vença este obstáculo, os próximos alvos passam a ser as resistências entre 6.100 e 6.137 pontos, consolidando um novo patamar altista.
No entanto, o movimento recente deixou o ativo consideravelmente afastado das médias de 9 e 21 períodos, o que pode abrir espaço para correções. O IFR (14) subiu para 65,84 pontos, se aproximando da zona de sobrecompra — outro sinal de alerta para possíveis ajustes no curto prazo.
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Do lado da baixa, o sinal de enfraquecimento técnico viria com a perda da mínima da última sessão, nos 5.888 pontos, e da média de 200 períodos, o que poderia trazer o preço de volta às médias mais curtas.

Saiba mais:
Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
A leitura do gráfico de 60 minutos confirma o cenário de força compradora. O ativo segue negociado acima das médias de 9, 21 e 200 períodos, consolidando o viés de alta. No entanto, a distância em relação às médias é um sinal de atenção para possíveis correções, caso falhe na continuidade do movimento.
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Para manter a tendência, será necessário romper a faixa de resistência entre 6.042/6.063 pontos. Acima disso, o fluxo comprador tende a se intensificar, mirando 6.086/6.100 pontos, com possibilidade de extensão até 6.117 e 6.137 pontos.
Por outro lado, o primeiro ponto de alerta para os vendedores está no suporte em 6.002/5.958,5 pontos. Se o ativo perder essa região, o fluxo vendedor pode ganhar força, abrindo espaço para quedas até os suportes em 5.900/5.882 e, em um cenário de baixa mais ampla, até 5.850/5.810 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: Infomoney