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Bloqueio em rodovias ameaça abastecimento, diz Sindicombustíveis-DF

O fechamento de estradas promovido apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter reflexos diretos na vida dos brasilienses. Parte da carga de etanol anidro, usado para compor a mistura da gasolina comum, não chegou ao Distrito Federal.

Se não houver liberação das vias até quinta-feira (3/11), a capital do país viverá, novamente, um cenário de desabastecimento, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis-DF).

Presidente da entidade, Paulo Tavares destaca que nenhum dos postos do DF recebeu etanol anidro nessa segunda-feira (31/10). A situação começa a se refletir em alguns estabelecimentos, que têm aumentado o preço do combustível.

“Com certeza, será o verdadeiro caos. Postos do Entorno que recebem combustível de Goiânia já estão sem produto devido aos bloqueios [nas estradas]. Temos postos em pane seca, e a crise pode chegar ao DF”, alerta Paulo.

As manifestações de bolsonaristas ocorrem desde o fim das eleições. Os protestos continuam a ocorrer em BRs que cortam o Distrito Federal e Entorno. Entre elas, ao menos cinco amanheceram com pontos de bloqueio.

s 8h40 desta terça-feira (1º/11), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atualizou a lista de trechos do DF e Entorno fechados por causa dos protestos.

Confira:

  • BR-020
    Km 1
    Formosa (GO)
    Situação: Pista parcialmente interditada
  • BR-040
    Km 24
    Luziânia (GO)
    Situação: Pista parcialmente interditada
  • BR-040
    Km 94
    Cristalina (GO)
    Situação: Início de interdição
  • BR-070
    Km 1
    Águas Lindas (GO)
    Situação: Totalmente interditada, na altura da Ponte do Rio Descoberto
  • BR-080
    Km 25
    Brazlândia (DF)
    Situação: Aglomeração
  • BR-251
    Km 14,5
    Café Sem Troco (DF)
    Situação: Pista totalmente interditada

O clima em várias rodovias é de hostilidade, com barricadas, ataques a profissionais da imprensa e, também, a policiais que tentam liberar as pistas.

Pelo fato de não aceitarem o resultado do pleito e atacarem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), democraticamente eleito presidente do Brasil para os próximos quatro anos, os apoiadores do candidato derrotado nas urnas têm fechado total ou parcialmente diversas estradas.

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